O amor nos tempos do ICQ

Antes de mais nada tenho que dizer que detesto o msn. Ele é feio, lento e sem graça. Sou do tempo do icq. Só não uso o icq pq ninguém mais usa o icq no Br@sil.

Conversando com ela, me apercebi uma coisa... vou postar a conversa que é melhor.

n. says:
to lendo seublog
n. says:
faz tanto tempo que não leio um blog...
n. says:
engraçado. Estava pensando esses dias sobre a condição estranha dos "amigos virtuais"
n. says:
Nos falamos há anos e, quando busco na memórias lembranças suas só tem um buraco. Não sei nada ou quase nada de você, mas falo com você como se você fosse minha vizinha de porta
n. says:
quando digo que não sei nada talvez seja um equívoco. Explico
Lomyne says:
mas não dá bom dia pro seu vizinho de porta...
n. says:
Eu sei de um monte de coisas, mas falta algo...
n. says:
é como se a memória não se fixasse por falta do impacto afetivo-visual-abraçal
Lomyne says:
hahahaha
n. says:
é como se a cada papo eu tivesse que ser lembrado de tudo...
Lomyne says:
tudo pode ser providenciado...
n. says:
me sinto um demente (CID 10 ou DSM-IV) alzheimer ou Kreutzer
n. says:
claro, claro
n. says:
quase tudo pode ser providenciado.
n. says:
Apesar de ser um cara moderno e tal, esse aspecto da comunicaçao virtual me incomoda bastante...
Lomyne says:
sei lá, me acostumei com essas relações...


Pois é. depois eu edito o posto para centralizar a idéia. To escrevendo agora só para não esquecer...

É o caralho

É o caralho. Tinha um blog legalzinho, recebia visita, me comunicava com a blogosfera brasileira. Mas cometi um erro terrível... num dos meus posts coloquei meu nome. Daí, qualquer busca no google mostrava lá meus 3 anos de posts... cada esquisitice, cada texto, cada referencia aos amores, muitos deles simultâneos... tive que abandoná-lo...

mas blogar é um vício. Escrever é uma necessidade que não pode ser satisfeita nem com a minha análise nem com a masturbação diária. É preciso criar, através das palavras, uma possibilidade de existência imaterial para mim.

Escrevo este post inicial ouvindo Incognito, bandinha boa que lembra o Jamiroquai.

Bem vindo eu!

n.